Liderada por Alexandre Frankel, a Housi quer rivalizar com hotéis de luxo. Sim, com um novo projeto nos Jardins, a empresa quer entrar no mercado de alto padrão, oferecendo diárias a partir de R$ 780, bem abaixo da diária média de empreendimentos upscale na capital paulista.
O H Bela Cintra será lançado ainda este mês, com previsão de inauguração em 2027. “Existe uma grande demanda de pessoas que buscam uma experiência premium, enquanto, do outro lado, há uma base hotelaria antiquada (na região)”, explica Frankel, em entrevista à Bloomberg Línea. “Vamos conseguir oferecer uma experiência superior por um preço 40% menor”, conta.
A avaliação do fundador da Housi é certeira. A hotelaria paulista, em diferentes segmentos, está cansada, com produtos demandando renovações. É justamente neste gap de mercado que ele pretende atuar, tudo a partir de uma operação mais enxuta do que de um hotel. Uma comparação com as chamadas branded residences não é exagero, mas não ficou claro se haverá questões como pool obrigatório para os proprietários, por exemplo.
“Era uma demanda muito forte dos nossos clientes a criação de uma bandeira de alto padrão para empreendimentos de múltiplo uso que ajudasse a gerar valor para todo o projeto”, diz o CEO da Housi.
O projeto
Erguido pela Vitacon, incorporadora da família Frankel, o futuro residencial H Bela Cintra terá unidades de 26 metros quadrados (m²) a 70 m², somando 94 apartamentos. O VGV (Valor Geral de Vendas) estimado é de R$ 120 milhões, revela o executivo. Entre as amenidades previstas, estão spa, carros de luxo compartilhados, concierge 24h e serviço de segurança executiva.
Embora não tenha revelado à Bloomberg Línea o pipeline previsto nessa nova frente de atuação, Frankel disse que tem avaliado oportunidades em outras regiões do país para esse tipo de projeto. Mais ainda, ele acredita que pode alcançar mais 50 incorporadoras parceiras com a entrada no segmento de luxo.
A projeção da Housi é fechar 2024 com receita de R$ 690 milhões, pouco mais de duas vezes o registrado no ano passado. A expectativa de Frankel é que o segmento de luxo responda por 5% desse faturamento.
“Vamos continuar a oferecer o modelo de moradia por assinatura mesmo nos empreendimentos de luxo, com possibilidade de permanência mais longa que a hotelaria”, finaliza o CEO da Housi.
(*) Crédito da foto: Divulgação/Housi