CNC- quedaSetor teve queda de 0,7% em março

O setor de serviços fechou o primeiro trimestre com declínio de 0,6%. Fevereiro apresentou recuo de 0,4% e março de 0,7%, segundo dados do IBGE (Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística). Entretanto, a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens e Serviços) ainda acredita na recuperação do segmento. A entidade revisou de +1,7% para +1,6% a projeção para os serviços até o fim de 2019, o que significaria o primeiro avanço anual desde 2014.

A PMS de março foi a terceira retração consecutiva no setor, resultando no pior resultado desde o segundo trimestre de 2017. “Tivemos um trimestre com cautela nos investimentos por parte das empresas, ociosidade da capacidade instalada e mercado de trabalho fraco. Essa situação vem impedindo o avanço da economia e sugere elevada possibilidade de retração no PIB do início do ano”, explica Roberto Tadros, presidente da CNC. “Mas a Confederação, observando os resultados dos últimos 12 meses e prevendo que a aprovação da reforma da Previdência vai destravar os investimentos, aposta na reação do setor de serviços, com crescimento real de receitas em 2019”, ressalta. 

Os resultados negativos se repetiram em outros setores da economia no período. A indústria recuou 0,7% e o varejo apresentou leve alta de 0,3%, embora tenho sido o menor crescimento trimestral desde os últimos meses de 2016. 

O subsetor de transportes, termômetro relevante do nível de atividade econômica, foi destaque negativo no trimestre, com declínio de 2,6% ante os três meses anteriores. Em contrapartida, os serviços prestados à família apresentaram incremento de 1,1% pelo quarto trimestre seguido.

CNC: avanço anual

Comparado ao trimestre passado, o volume de receita de serviços cresceu 1,1% em média. Os destaques foram novamente os mercado de transportes, com queda de 1,6%, e os serviços prestados à família, com alta de 4,4%. 

Em termos regionais, 11 unidades da Federação cresceram na comparação com o primeiro trimestre de 2018. São Paulo avançou 4,6%, enquanto as regiões Norte e Nordeste caíram 1,0% e 1,9%, respectivamente. 

(*) Crédito da foto: Skeeze/Pixabay