quarta-feira, 27/agosto
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O barato que sai barato: como serviços de treinamento agregam valor aos hotéis

Primeiramente: muito honrado em ter você lendo esse material.
Segundamente: se não for pra agregar valor, nem me chama.
Terceiramente: ganha-ganha é o melhor dos mundos! Concorda?

Provavelmente, sua resposta sobre a pergunta do ganha-ganha esteve entre “sim” ou “depende”. O sim é o impulso dos mais empolgados, que entendem as vantagens que tem a união das forças como vantagem competitiva. Já o “depende” é a primeira resposta de quem já tomou na cabeça tentando equilibrar os pratinhos e acha que saiu perdendo quando tentou esse modelo.

Uma coisa eu posso afirmar para os dois casos: o ganha-ganha é sim uma enorme vantagem, mas quando alinhado com profundidade entre os envolvidos.

Num mundo onde a qualidade da experiência prevalece sobre a qualidade do quarto (por mais que muitos hotéis ainda não tenham percebido isso), há de se assumir que nenhum de nós, prestadores de serviços, conseguimos atender integralmente a exigente expectativa do cliente de eventos corporativos. E há de se concordar que a qualidade da entrega de um impacta diretamente na experiência do cliente, e gera uma percepção final sobre todos os envolvidos no circuito.

Nesse sentido, quanto mais juntos pudermos estar, é melhor! E é aqui que entra a parte sensível da história, que são os ajustes finos dessas parcerias. Como atender a todos os interesses, sem que ninguém saia perdendo, fazendo com que todos os esforços sejam devidamente recompensados?

Não tenho verdades absolutas, mas tenho embasamento teórico e prático o suficiente para provocar essa reflexão: falta de colaboração e de empatia entre as frentes envolvidas em um atendimento sistêmico não impede o fechamento imediato de negócios, mas prejudica a rentabilidade sustentável. Há uma sensação de que toda hora estamos recomeçando, reconhecendo o mesmo espaço, reapresentando nossos mesmos serviços, pedindo novamente as mesmas autorizações, solicitando mais uma vez as mesmas gentilezas. E o mais curioso é que às vezes conseguimos o que pretendemos, e às vezes não. Depender do humor do dia é complicado. O ideal seria estarmos amparados por acordos bem objetivos, com critérios claros e bem definidos, de maneira bilateral, onde todos estejam juntos batalhando pelo mesmo propósito: criar excelência para o cliente e rentabilização para nossos negócios, com qualidade, recorrência e consistência.

Os serviços básicos, como áudio visual e catering, por exemplo, são historicamente homologados nos hotéis do circuito MICE, mas esses avanços pararam por aí. Existem muitos mais parceiros que podem e devem fazer parte desse portfólio integrado, o que facilitaria a vida de todos os envolvidos, de ponta a ponta.

Consegui te explicar meu raciocínio? Fez sentido para você? É barato o que cada lado pode oferecer, e é grande o que todos juntos podem conquistar. É o famoso “se combinar direitinho, todo mundo ganha!”. Espero que trabalhemos juntos essa mentalidade, e que ganhemos juntos por méritos coletivos. Contem comigo para isso!

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Tu Evangelista, Mestre em Neuropsicologia, Inteligências Múltiplas e Mindfulness (UCJC/Espanha), Especialista em Neurociências e Comportamento Humano (PUC/RS), MBA em Marketing (FGV/SP), Mentor e Analista Comportamental, especialista em Team Building e T&D orientado a resultados, responsável pelos treinamentos da Ludo Enjoy.

(*) Crédito da foto: arquivo pessoal do autor