Indo na contramão do registrado nos três primeiros meses de 2025, o RevPar global da Wyndham Hotels & Resorts recuou 3% frente ao mesmo período do ano passado. Nos EUA, a retração do indicador foi de 4%, fruto da queda na demanda de viajantes pressionados pelos preços. Por outro lado, a receita por quarto disponível na América Latina cresceu 18%, um dos avanços mais expressivos da rede hoteleira.
Em mercados internacionais, o RevPar cresceu 1%, com desempenhos significativos também em EMEA (+7%) e Canadá (+7%). Já na China, houve queda de 8%, devido à menor ocupação e pressão sobre preços.
No segundo trimestre, a Wyndham registrou lucro líquido de US$ 87 milhões, alta de 1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já o lucro líquido ajustado avançou 13%, chegando a US$ 103 milhões.
A receita relacionada a taxas e outras fontes totalizou US$ 397 milhões, aumento de 8% frente ao segundo trimestre de 2024. O resultado foi impulsionado pelo crescimento de 19% nas receitas auxiliares, maiores royalties e taxas de franquia, além de receitas incrementais com a conferência global de franqueados em maio. O EBITDA ajustado subiu 10%, para US$ 195 milhões — ou 5% em base comparável, descontando efeitos do fundo de marketing.
“Entregamos mais um trimestre sólido, com crescimento de 4% em nosso sistema global, expansão de 5% em nosso pipeline de desenvolvimento, aumento de 19% em nossas receitas auxiliares e continuidade da execução de nossa estratégia focada em segmentos e mercados com FeePAR mais alto”, afirma Geoff Ballotti, presidente e CEO da companhia. “Também retornamos quase US$ 110 milhões aos acionistas neste trimestre, continuando a demonstrar o poder de criação de valor do nosso modelo de negócios altamente gerador de caixa e resiliente.”
Desenvolvimento
O portfólio global da Wyndham cresceu 4% em número de quartos, com destaque para os segmentos de médio porte e alto RevPar nos EUA (+3%) e nas regiões EMEA e América Latina (+5%). Em 30 de junho, a empresa contabilizava aproximadamente 2,1 mil hotéis e 255 mil UHs — alta de 5% em relação ao ano anterior.
Ao todo, 229 novos contratos de desenvolvimento foram assinados no trimestre, um salto de 40% em comparação a 2024. Do total, 70% do pipeline está concentrado em segmentos midscale e upper midscale; 17% no segmento de estadias prolongadas; 58% fora dos EUA; e 76% corresponde a construções novas — sendo que cerca de 35% dessas já foram iniciadas.
Por outro lado, a empresa revisou sua base de relatório internacional para excluir cerca de 67,3 mil quartos vinculados à licença master do Super 8 na China, diante de violações contratuais e dificuldades operacionais. A medida afetou métricas como RevPar, taxa de royalties e crescimento de sistema, mas não impactou o resultado financeiro, já que a contribuição do licenciado foi inferior a US$ 3 milhões em EBITDA ajustado no ano de 2024.
Com os resultados, a empresa elevou sua projeção de lucro diluído ajustado por ação para 2025 e aumentou em 40 pontos-base o limite inferior da estimativa de crescimento anual de número de quartos, refletindo a exclusão da base de comparação da operação na China
(*) Crédito da foto: Divulgação/Wyndham Hotels & Resorts