terça-feira, 22/julho
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Brookfield mira hotéis e busca negócios de peso

O momento de aquecimento do setor hoteleiro vem rendendo importantes movimentações financeiras. Grandes fundos imobiliários voltaram seus olhos ao segmento, recolocando os hotéis como classe de ativos. E a Brookfield Properties parece estar disposta a surfar nessa onda.

Em entrevista à Bloomberg Línea, Hilton Rejman, CEO da empresa, afirma que os planos são de ganhar espaço no setor hoteleiro. O braço de real estate do grupo canadense já possui 820 mil metros quadrados (m²) de escritórios e 700 mil m² em galpões logísticos no mercado brasileiro.

Segundo o executivo, a mira da Brookfield está em ativos de grande porte no Rio de Janeiro e em São Paulo. “O tamanho da nossa empresa não permite que façamos coisas pequenas. Gostamos de grandes oportunidades, em que somos competitivos. O cheque tem que ser grande”, diz Rejman.

O CEO entende que os prejuízos que a pandemia causou ao setor hoteleiro ficaram para trás. E ele está certo. Empreendimentos de grandes metrópoles estão com performances próximas ao pico histórico de 2013. Em abril deste ano, por exemplo, a diária média e o RevPar puxaram as rédeas da hotelaria nacional, com crescimento de 15,7% e 16,7%, respectivamente, frente ao mesmo período de 2024. Atualmente, a Brookfield está estudando a aquisição de três a quatro ativos.

“Olhamos hotéis grandes, que sejam principalmente voltados para negócios. Eventualmente, podemos até fazer um investimento, mas precisa ter alta procura e taxa de ocupação”, enfatiza Rejman.

O executivo salienta que os últimos dois anos foram de saldo positivo para a Brookfield — que atingiu o recorde de 100 mil m² em escritórios em 2024. “Isso fez com que nossa taxa de ocupação chegasse perto dos 90%”, revela.

Movimentações na hotelaria

No Brasil, grandes negociações foram concluídas nos últimos anos. Em 2024, o Hilton Copacabana foi adquirido pela HSI por R$ 550 milhões. A gestora também comprou outros empreendimentos de grande porte, como o JW Marriott (R$ 300 milhões) e o InterContinental São Paulo (mais de R$ 80 milhões).

Já o Hilton Garden Inn Rebouças foi comprado pela CVPar em um ciclo de reciclagem de ativos da HBR Realty, ex-detentora do ativo. A unidade, operada pela Atlantica Hospitality, foi vendida por R$ 110 milhões.

(*) Crédito da foto: Freepik