live- resorts - retomada - internaProtocolos e break even foram assuntos abordados na transmissão

Com grandes estruturas e operações complexas, apesar das dificuldades em implementar protocolos, os resorts saíram na frente na retomada. Impulsionados pelas demandas de lazer, os empreendimentos da categoria já sinalizam ocupações e, alguns deles, até falam em equilíbrio de caixa. Na live promovida pelo Hotelier News e Grupo R1, representantes de três propriedades debateram os desafios do retorno das atividades.

O bate-papo contou com a moderação de Vinicius Medeiros, editor-chefe do Hotelier News e a participação de Charles Giudici, diretor de Operações do Transamerica Comandatuba; Eduy Azevedo, diretor geral de Hotelaria da Mabu Hotéis & Resorts; e Felipe de Castro, diretor Corporativo de Operações do Grupo Tauá de Hotéis.

Para aquecer a conversa, os três convidados apresentaram as situações de seus respectivos empreendimentos. Em seguida, a pauta como o mercado e a implementação dos protocolos influenciaram na precificação da reabertura. No Transamerica Comandatuba, operando desde o dia 25 de julho e com ocupações na casa dos 10%, Giudici afirma que as dificuldades continuam aparecendo. “O desafio é grande. Gastamos muito dinheiro com adaptações, o que agregou custo as operações. Tivemos que dispensar colaboradores, mas seguimos trabalhando com o mesmo tarifário do pré-pandemia”, explica. “A demanda está crescendo e estamos otimistas”.

A Mabu Hotéis fez jogadas arriscadas e lançou um novo produto este mês. De acordo com o diretor geral de Hotelaria, o Mabu Thermas está com expectativas de 70% de ocupação para o feriado de 7 de setembro. “Foz do Iguaçu tem suas particularidades e vem se movimentando. Hoteleiros estão acostumados a analisar custos e a fazer o possível para entregar resultados aos clientes e investidores, mas as pessoas estão retomando as atividades, principalmente no lazer. Em Curitiba, onde nosso público é executivo, a recuperação está acontecendo aos poucos. Acredito que vamos retomar um equilíbrio natural dos investimentos feitos”.

Live: desafios e break even

Entre tantas mudanças nas operações, um ponto foi unânime entre os debatedores: o setor de A&B (Alimentos & Bebidas) foi o maior desafio da retomada. O Grupo Tauá, que desembolsou R$ 450 mil em adequações gerais hoje vê impacto dos investimentos em 20% do custo operacional. “Mantivemos os bufês em formato assistido e, quanto mais volume você tem, mais dificuldades aparecem. Ajustamos nosso procedimentos semanalmente para nos adaptarmos às realidades”, salienta  Castro.

O diretor Corporativo do Tauá ainda destacou que as unidades seguem com boas ocupações aos finais de semana e, unido ao corte de despesas, a rede hoje possui uma média de break even de 25%. “Reduzimos, antes estávamos em 32%. Tentamos equalizar de forma linear e buscar receita e trabalhando com menos capital humano, fazendo um redesenho da gestão de despesas”.

Em Comandatuba, o break even está em 35%. “Nossa operação é muito cara, pois estamos em uma ilha. Retomamos com equipes enxutas, sempre cortando gastos”, diz Giudici. Já Azevedo afirma que ainda é cedo para fazer a conta pelo pouco tempo de retomada das unidades do Mabu.

Para assistir a live na íntegra acesse o link.

(*) Crédito da capa: Peter Kutuchian/Hotelier News

 

(**) Crédito da foto: reprodução da internet