Geração de emprego - estudo FGVIAEmp atingiu maio nível desde abril, quando índice chegou a 92,5 pontos

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) subiu 2,6 pontos em novembro, atingindo 88,4 pontos, maior nível desde abril (92,5 pontos). Com o resultado, o índice segue trajetória positiva ao aumentar 0,5 ponto em relação ao mês anterior. Medido pela FGV (Fundação Getulio Vargas), o indicador é considerado um termômetro do mercado de trabalho, visando antecipar tendências na geração de emprego.

Vale destacar que, no trimestre encerrado em outubro, a taxa de desemprego recuou para 11,6%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A queda, contudo, é marcada pela informalidade, que bateu recorde no período. Hoje, 94,055 milhões de pessoas estão ocupadas no país.

Em novembro, seis dos sete indicadores contribuíram positivamente para o resultado do IAEmp. Destaque para a Tendência dos Negócios da Indústria, que avançou 6,4 pontos na margem, informa o instituto.

“O IAEmp voltou a avançar em novembro, recuperando a queda observada em outubro”, observa Rodolpho Tobler, economista da FGV IBRE. “Contudo, a virtual estabilidade do indicador em médias móveis trimestrais, pelo segundo mês consecutivo, reforça o cenário de dificuldades de avanços mais expressivos do mercado de trabalho, sugerindo continuidade da recuperação em ritmo gradual” completa.

Emprego e Desemprego

Já o ICD (Indicador Coincidente de Desemprego), que monitora a evolução contemporânea da taxa de desemprego, subiu 3,1 pontos em novembro, para 96,1 pontos. O resultado é 10 pontos acima do nível médio da série histórica, iniciada em 2005, de 84,2 pontos. O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto maior o número, pior o resultado. Em médias móveis trimestrais, o indicador subiu 0,9 ponto.

“Depois de cinco meses, o ICD voltou a ficar acima dos 95 pontos. O patamar elevado do indicador e a piora observada em novembro sugerem que ainda há um longo caminho para reduções em ritmo mais forte da taxa de desemprego”, acrescenta Tobler.

No mesmo período, o aumento do ICD foi influenciado por duas das quatro classes de renda familiar, com renda mensal de R$ 2,1 mil a R$ 4,8 mil e de R$ 4,8 mil a R$ 9,6 mil. Nos dois casos, os Indicadores de Emprego variaram 7,4 e 6,0 pontos percentuais, respectivamente.

(*) Crédito da foto: Marcelo Casal Jr./Agência Brasil