Linhares: com fim do protesto, setor retoma atividades

Com a greve dos caminhoneiros, a hotelaria foi um dos setores mais prejudicados, com grande número de cancelamentos. Segundo a ABIH Nacional, a ocupação em alguns dos principais destinos no país teve queda de 30% no feriado de Corpus Christi. Curitiba e Brasília, por exemplo, tiveram variação negativa de 30% no período, enquanto o estado de Santa teve recuo de 35%.

Na cidade do Rio de Janeiro, a média de ocupação ficou em 47%, mesmo índice de 2017. No interior, entretanto, o desempenho ficou abaixo do ano passado. Destinos como Visconde de Mauá e a Região dos Lagos registraram queda de 30% e 20% na média de quartos ocupados no feriado, respectivamente.

Na capital paulista, mesmo com dois eventos de grande porte (Parada LGBTQ e Marcha para Jesus), os níveis se mantiveram baixos. Segundo dados medidos pela ABIH Nacional, a queda verificada foi de 20%. Já Minas Gerais, que esperava 100% em alguns destinos, teve apenas 50% da capacidade ocupada.

ABIH Nacional: outras praças

De acordo com dados da entidade, as capitais da Bahia, do Ceará e de Pernambuco tiveram ocupação de 48%, 50% e 60%, respectivamente. Destino bastante procurado pelos turistas, Porto de Galinhas (PE) teve um desempenho melhor, com 75%. Quem também teve bom resultado, embora estimasse lotação na cidade, foi Gramado (RS), que fechou o período com 80%.

Com o fim das paralisações e a retomada das atividades normais, a ABIH Nacional vê o fluxo de viagens retornando aos patamares habituais. Para Manoel Linhares, presidente da associação, o cenário atual deixa o setor mais otimista.

“Como não poderia deixar de ser, tivemos um impacto no volume de reservas no feriado de Corpus Christi, principalmente, em relação ao turista rodoviário. Já estamos sentindo uma reação do mercado e, aos poucos, tudo vai se normalizando. Estamos otimistas para os meses de junho, com o São João em vários pontos do Nordeste, e julho”, finaliza.

(*) Crédito da foto: Divulgação/ABIH Nacional