STR - América do Sul 2019_interna_BogotáBogotá teve eventos de grande porte que ajudaram a atrair turistas

Com uma performance melhor que a norte-americana, a hotelaria das Américas do Sul e Central encerram 2019 de forma positiva. Os hotéis das duas regiões registraram alta nos três principais indicadores do setor. Melhor, o bom desempenho veio acompanhando de ajuste para cima nos preços. Destaques para Bogotá e Rio de Janeiro, que parece retomar os trilhos. As informações são da STR.

No acumulado de janeiro a dezembro de 2019, a ocupação nas duas regiões avançou 1,2% frente ao ano anterior, a 58,8%. Diária média e RevPar subiram 8% (para US$ 96,25) e 9,3% (para US$ 56,55), respectivamente, na mesma base de comparação. A STR observa que não considerou na análise o desempenhos dos hotéis da Venezuela. Com grave crise cambial, a performance local poderia influenciar negativamente o resultado global das duas regiões, ressalta a empresa.

STR: Rio e Bogotá

A capital colombiana, assim como Rio, encerrou o ano com alta nos três principais indicadores do setor. Apesar do leve incremento na ocupação (+0,6%, para 58%), o número absoluto registrado foi o mais alto desde 2013. Analistas da STR destacam que em outubro, por exemplo, os hotéis locais encerraram cinco meses seguidos de crescimento no índice, num bom indicativo que houve procura pelo destino.

Eventos como o AgroExpo, ocorrido em julho, ajudaram a impulsionar a demanda na cidade, ressaltam analistas da STR. Com isso, diária média e RevPar apresentaram expansões mais expressivas do que a ocupação em 2019. Enquanto o primeiro indicador subiu 5,1% (para 273.719,46 pesos), o segundo cresceu 5,7% (para 158.828,02 pesos). Em todos os casos, a base de comparação é anual.

No Rio, a STR mapeou um cenário parecido com o identificado pelo FOHB (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil), com a ocupação impulsionando a performance local. Segunda a empresa, eventos como a Copa América, Rock in Rio e World Chambers Congress (evento mundial de câmaras de comércio, realizado pela primeira vez na América do Sul) foram decisivos para o bom desempenho. No geral, a demanda (room nights vendidos) subiu 14,4% ao longo do ano passado.

Em 2019, dois indicadores fecharam com alta de dois dígitos na cidade. Como citado, ao avançar 16,4% (para 60,2%) frente a 2018, a ocupação impulsionou o RevPar dos hotéis cariocas. O último índice, por sua vez, cresceu 27,1%, encerrando o ano a R$ 238,19. A diária média teve expansão menor, mas em patamar positivo e acima da inflação, com incremento de 9,2% (para R$ 395,38).

(*) Crédito da capa: Andrea Leopardi/Unsplash

(**) Crédito da foto: Claus Pacheco/Unsplash