Criada pela Hotelaria Brasil em 2016 como uma rede de hotéis econômicos lifestyle, a Unna Hospitality reaparece no mercado com uma nova cara. Liderada por Karol Garrett, a marca opera com um modelo de negócio similar ao da OYO, da VOA Hotéis e da Ameris, assumindo a estratégia de vendas e distribuição das propriedades que entram na base de parceiros. A meta é chegar a 150 unidades em até três anos, com foco inicial nos mercados paulista, carioca e mineiro.
“A pandemia foi difícil para toda indústria, mas foi um período que nos permitiu acelerar o planejamento de novos projetos e ações, e a Unna foi um deles”, explica Márcio Lacerda, CEO da Hotelaria Brasil, durante evento realizado ontem (19) à noite, em São Paulo. “É um grande prazer ter a Karol para tocar esse projeto. Estamos apresentando um conceito diferente para ajudar os hoteleiros independentes a aumentarem suas vendas”, completa.
Para atingir esse objetivo, a Unna firmou parceria com diversos fornecedores de tecnologia. Na lista, estão marcas como Omnibees, Erbon, WebSpot e OTA Insight, montando um ecossistema de inovações para ofertar aos hotéis independentes com um preço competitivo. “Sabemos como é difícil para esses hotéis fazerem crescer o negócio. Ajudá-los a profissionalizar a gestão, levando tecnologias para eles, é nosso objetivo”, acrescentou Karol Garrett, aniversariante da noite.
Modelo de negócio
Segundo Karol, a Unna vai oferecer dois planos aos hoteleiros independentes. No pacote de benefícios estão as tecnologias dos diferentes parceiros, que são fornecedores de channel manager, motor de reservas, PMS, GDI, rate shopper, RMS (Revenue Management System) e pesquisa de satisfação, por exemplo. “Em paralelo, ele terá uma equipe formada por profissionais da Unna com diferentes expertises para auxiliá-los na gestão. São especialistas em distribuição, RM (Revenue Management), e-commerce, marketing, implantação e vendas”, explica.
“O hoteleiro que contratasse individualmente todas as tecnologias parcerias da Unna teria um custo médio de R$ 10 mil mensais, afora a taxa de implantação, algo que ele não terá assinando conosco”, continua. Ela ainda acrescenta que outras tecnologias e serviços adicionais podem ser contratados pelos hotéis que aderirem à base, como consultoria jurídica e ESG, bem como um sistema pay per use de chatbot.
Já a Unna vai monetizar a partir também de dois modelos, que caberá ao hoteleiro escolher o de sua preferência. No primeiro, reproduzido pelos concorrentes, a marca da Hotelaria Brasil fica com um percentual da receita da propriedade. No outro, o hotel parceiro paga uma mensalidade mais um percentual de sucess fee. “É um percentual de até 15% sobre o volume de receita adicional que gerarmos para esse hoteleiro. Acredito muito neste modelo, que passa uma mensagem clara de ganha-ganha na relação”, aposta Karol.
Por fim, Karol conta que a Unna Hospitality já mapeou vários hotéis em potencial e já iniciou uma prospecção ativa nos três mercados citados. “Estamos mirando propriedades com faturamento mensal de R$ 160 mil e cerca de 50 apartamentos”, revela Karol. “Importante mencionar que nossos contratos são bem flexíveis, sem multa de rescisão e com implantação de, no máximo, 30 dias, cenário muito diferente do que o hoteleiro encontraria ao aderia às grandes redes tradicionais”, finaliza.
(*) Crédito da foto: Vinicius Medeiros/Hotelier News