JLL- retomadaHotelaria foi um dos setores mais afetados pela crise

Segundo o último levantamento divulgado pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), o mercado turístico perdeu R$ 11,96 bilhões em março. Os números são um reflexo de como o setor é um dos mais afetados pelo coronavírus. Muito tem se falado em crise, mas poucos abordam soluções para o futuro. Pensando nisso, a JLL listou medidas que podem auxiliar o segmento de hospedagem para a retomada.

O momento é de adaptabilidade e, para tentar minimizar os impactos da Covid-19, órgãos promotores do turismo e setor hoteleiro precisam desenvolver novas perspectivas sobre o crescimento de destinos e engajamento.

A seguir, a JLL pontuou uma lista de mudanças importantes para retomar as atividades no pós pandemia.

JLL: dicas

1- Faça sua voz ser ouvida: nossos órgãos governamentais estão trabalhando muito. Você é um líder em nossa comunidade, e este é o momento para mostrar sua experiência. Compartilhar opções e ideias para a recuperação será importante nas próximas semanas. Recomendamos preparar-se para o presente e para o futuro dividindo os planos em três categorias diferentes: (a) Recuperação, (b) Retomada e (c) Preparação. 

a) Recuperação 
Como reestabeleceremos o volume dos negócios após a crise? Pense em ideias que impulsionarão os negócios do setor hoteleiro em curto prazo. Durante a recessão de 2008, as medidas de recuperação concentraram-se principalmente em reservas relacionadas a esportes e hobbies, shows e festivais, e gradualmente evoluíram de viagens nacionais a atividades mais abrangentes do mercado. A recuperação desta crise provavelmente será bastante diferente e dependerá da mudança de atitude em relação às viagens, reuniões públicas e poder de compra. 

b) Retomada 
O que podemos fazer para incentivar as reuniões sociais após a recuperação? O foco deve estar em como podemos superar os estigmas criados pelo distanciamento social forçado. Nossa natureza nos faz querer estar juntos, mas a disseminação viral do Covid-19 pode prolongar-se. Além de mudanças de atitudes, devemos educar e tranquilizar os clientes até que tudo isso termine. 

c) Preparação 
O que será diferente da próxima vez? A resposta do governo e de instituições de saúde pública aos futuros desafios virais terá mudanças significativas. Paralisações e restrições em viagens provavelmente serão mais comuns e imediatas para combater as próximas pandemias. Pense em como minimizar o impacto para proteger seu negócio e contribuir para sua comunidade diante de futuros incidentes. 

2- Aprenda com os dados: compreender a história dos dados e as possíveis vias de recuperação é uma etapa fundamental durante as próximas semanas. São inúmeras as opções e fontes de pesquisa de dados. Este é um ótimo momento para analisar seus recursos e determinar as necessidades futuras. Será preciso explorar o perfil do visitante e as oportunidades disponíveis conforme as etapas da recuperação começarem a acontecer.

3- Mobilize e conecte seus talentos: antes da pandemia, muitos órgãos promotores de turismo implementaram estratégias para ajudar suas comunidades a atrair e reter talentos. Muitas delas estavam ajudando a indústria de viagens a preencher vagas disponíveis com feiras de empregos e programas de apoio à inserção ao mercado de trabalho. Hoje, a perspectiva de desemprego em larga escala faz com que essas mesmas organizações foquem em encontrar novas opções. É uma chance para usar o talento da comunidade em opções de voluntariado a curto prazo, e ao mesmo tempo promover oportunidades remuneradas às pessoas capacitadas à medida que os negócios voltarem a crescer. Além de essencial, a conexão com os órgãos locais e estaduais de assistência ao trabalhador pode ajudar a criar opções para preencher as vagas em toda a comunidade.

4- Espere o inesperado: planos estratégicos devem ser maleáveis por natureza. As estratégias devem ser adaptáveis, enquanto as táticas são rígidas e limitadoras. Quanto mais tático for o plano, menos ele importa agora. Faça revisões e adaptações aos planos estratégicos para atender às urgências dos próximos 18 meses. Divida as semanas e os meses em períodos de tempo gerenciáveis.

(*) Crédito da foto: phife/Unsplash