IBGEHotelaria contribui positivamente para o índice de atividades turísticas

O setor de serviços registrou queda de 0,2% em agosto na comparação com julho. O resultado ocorre após aumento de 0,7% no mês anterior, apontam dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do IBGE (Instituto Brasleiro de Geografia e Estatística). Frente a igual mês de 2018, houve recuou de 1,4%.

De janeiro a agosto, a atividade avança 0,5%. Para o IBGE, contudo, os números mostram ligeira perda de dinamismo frente aos primeiros sete meses do ano, quando houve elevação de 0,8%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, ao subir 0,6%, o setor perde ritmo em comparação a junho (+0,7%) e a julho (+0,9%).

A queda foi acompanhada por três das cinco atividades investigadas, com destaque para o setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,9%), que elimina integralmente o ganho de 0,8% acumulado entre junho e julho.

IBGE: atividades turísticas recua

Dentro da pesquisa, o índice de atividades turísticas caiu 4,2% em agosto frente a julho. Acompanhando serviços com um todo, o segmento cai após assinalar alta de 0,2% em julho. Regionalmente, 11 das 12 unidades da federação acompanharam este movimento de retração, com destaque para São Paulo, onde há recuo de 7,1%, seguido por Rio de Janeiro (-2,3%); e Paraná (-4,8%). Em sentido contrário, o único resultado positivo veio da Bahia (+0,9%).

Na comparação anual, as atividades turísticas recuaram 2,9%. A performance ocorre pela queda de receita das empresas aéreas, avalia o IBGE. Em sentido oposto, os segmentos de locação de automóveis e de hotéis apontaram as principais contribuições positivas sobre a atividade turística.

Em termos regionais, oito das 12 unidades da federação investigadas mostraram recuo nos serviços voltados ao turism: São Paulo (-4,5%), Paraná (recuo de -10,5%) e Distrito Federal (-13,4%). Em contrapartida, os impactos positivos mais importantes vieram do Rio de janeiro (+1,1%), da Bahia (+2,8%) e de Minas Gerais (+1,7%).

No acumulado de janeiro a agosto de 2019, o agregado especial de atividades turísticas cresceu 2,4% frente a igual período do ano passado, impulsionado, sobretudo, pelos ramos de locação de automóveis, de hotéis e de serviços de catering, bufê e outros serviços de comida preparada. Já o principal impacto negativo ficou com o segmento de transporte aéreo.

Regionalmente, oito dos 12 locais investigados também registraram taxas positivas, com destaque para São Paulo (+5,5%), seguido por Ceará (+6,4%) e Minas Gerais (+1,7%). Por outro lado, Distrito Federal (-7,8%), Paraná (-3,1%) e Santa Catarina (-3,2%) assinalaram as principais influências negativas no acumulado do ano para as atividades turísticas.

Recentemente, em sentido contrário, o IHS Markit havia registrado expansão no setor de serviços. A pesquisa Índice Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês), teve elevação de 51,4 para 51,8, entre agosto e setembro.

(*) Crédito da foto: Hermann Traub/Pixabay