Seguindo os padrões de agosto, a confiança do consumidor manteve sua curva ascendente em setembro. De acordo com dados da FGV (Fundação Getulio Vargas), esta é a quinta alta consecutiva. Entretanto, as informações publicadas pela Reuters apontam que os níveis ainda estão longe do patamar pré-pandemia.

Este mês, o ICC (Índice de Confiança do Consumidor) cresceu 3,2 pontos, chegando a 83,4 pontos, ainda em nível inferior aos 87,8 pontos registrados em fevereiro deste ano, antes da crise causada pelo coronavírus. Segundo a FGV, a satisfação dos consumidores em relação à atual situação e expectativas para os próximos meses apresentaram melhora, uma vez que o ISA (Índice de Situação Atual) subiu 1,1 ponto, para 72,6 pontos. Já o IE (Índice de Expectativas) avançou 4,4 pontos, para 91,5.

Confiança do consumidor: população de baixa renda

Mesmo com a melhora no cenário, consumidores de baixa renda ainda estão pessimistas com a situação financeira familiar dos próximos meses. De acordo com Viviane Seda Bittencourt, coordenadora de sondagens, isso está possivelmente relacionado à proximidade do fim dos pagamentos dos benefícios emergenciais do governo

“Sem uma recuperação do mercado de trabalho mais expressiva, é possível que a confiança ainda continue avançando de forma lenta e heterogênea”, afirma a profissional. O governo federal publicou em 16 de setembro um decreto que confirma a prorrogação do auxílio emergencial até o final deste ano, com valor de 300 reais por mês.

(*) Crédito da foto: Paulo Whitaker/Reuters