Noewegian AirIntenção foi declarada em reunião com o ministro brasileiro

Em reunião com Vinicius Lummertz, ministro do Turismo do Brasil, na Suécia, a diretoria da Norwegian Air afirmou que pretende operar trechos internos caso o país aprove a abertura das companhias aéreas ao capital estrangeiro. No início do mês, a companhia europeia foi autorizada pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) a fazer o transporte aéreo internacional regular de passageiro, carga e mala postal. 

Quinta maior empresa de passagens de baixo custo no mundo, a Norwegian ainda precisa de autorização para operar em âmbito doméstico e, por ora, estuda estuda qual será a primeira rota a ser implementada. A briga está entre Rio de Janeiro e São Paulo, mas o Ceará iniciou uma ofensiva para atrair a Norwegian para Fortaleza.

No pacote de benefícios apresentados está o investimento de US$ 500 mil por rota implementada nos três primeiros anos para promoção e atração de passageiros. 

Na proposta do Ceará pesa o fato de o estado ainda isentar do ICMS o querosene da aviação, assim como todos os fornecedores e o reabastecimento das aeronaves com produtos alimentícios, o catering. "Temos trabalhado fortemente para transformar Fortaleza num hub do norte da América do Sul", afirma Arialdo Pinho, secretário de turismo. 

MTur defende a entrada da Norwegian Air no Brasil

Representante do MTur (Ministério do Turismo) na reunião, Lummertz se revelou um entusiasta da Norwegian Air no Brasil. "A entrada das empresas com tarifas de baixo custo é fundamental para conseguirmos desenvolver o turismo num país de dimensões continentais sem tantas opções de locomoção", comentou o ministro. Na Europa, com um mercado altamente competitivo, as empresas de baixo custo chegam a comercializar passagens por menos de € 30.

Segundo o ministro, é fundamental que o Congresso Nacional permita a abertura total das companhias aéreas ao mercado internacional. Com a medida, empresas estrangeiras poderão voar no mercado doméstico se abrirem uma filial em território brasileiro. Enquanto Argentina e Colômbia têm nove e oito companhias aéreas operando as rotas domésticas, no Brasil quatro empresas concentram mais de 99% do mercado.

(*) Crédito da foto: Johan Nilsson/Reuters