linha de créditoAo todo, foram liberados R$ 413,5 milhões

Anunciado em março, o programa de linha de crédito emergencial para pequenas e médias empresas liberou 10% de seu orçamento até esta segunda-feira (4). O montante representa R$ 413,5 milhões do total de R$ 40 bilhões prometidos, segundo informado pelo BC (Banco Central). O auxílio foi criado para financiar por dois meses a folha de pagamento para CNPJs com receita anual de R$ 360 mil a R$ 10 milhões.

Valendo desde o dia 6 de abril, a linha de crédito tem prazo de 36 meses, sendo seis deles de carência sem cobrança de spread bancário com taxa de juros de 3,75% ao ano, equivalente ao patamar da Selic. Os recursos poderão cobrir salários de valor equivalente a até dois salários mínimos. O restante, se houver, fica a cargo da própria empresa. Em contrapartida, não poderá demitir sem justa causa por 60 dias, a contar da data da contratação do financiamento.

O programa iria disponibilizar 40 bilhões de reais no total, sendo 85% com recursos do Tesouro (R$ 34 bilhões) e 15% dos bancos (R$ 6 bilhões).

Linhas de crédito: dificuldade de acesso

Entretanto, a razão por após um mês de vigência apenas 10% terem sido liberados é a dificuldade das empresas de acessarem o auxílio. Com medo da inadimplência, os bancos elevam o percentual de juros discriminado no programa. Em live do Hotelier News com CEOs do segmento hoteleiro, Paulo Roberto Caputo afirmou que “um de nossos investidores foi buscar informações sobre essa linha no seu banco e, de 3,5% ao ano, ela virou 3,5% ao mês".

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, também destacou que bancos privados não abrirão mão de garantias.

(*) Crédito da foto: Sérgio Moraes/Reuters